CANDIDO PORTINARI

Olá meus queridos.Já faz tempo que não posto dicas de passeios por aqui.Hoje acordei com vontade de falar sobre um passeio que fiz a pouco tempo e que a família toda adorou.Meus filhos estão ansiosos por voltar para rever o que já viram e terminar de ver o que passou desapercebido.
Estive na cidade de Brodoswki que fica a 20 km de Ribeirão Preto.
É uma cidade pequena, tranquila com um povo acolhedor e simpático o tempo todo.Isso mesmo, as pessoas são acolhedoras e simpáticas o tempo todo o que me encantou na chegada.
Todos se cumprimentam mesmo que nunca tenham se visto.O clima é bem mais ameno que o de Ribeirão Preto.Tem pássaros de várias espécies, tucanos, maritacas, lagartos e os demais que ainda não vimos.
Mas enfim vamos ao assunto principal dessa postagem de hoje.
Chegando à cidade fomos conhecer o http://museucasadeportinari.org.br/ , onde conhecemos um pouco mais sobre este artista brasileiro que fez tanto sucesso e sabemos tão pouco sobre ele.
Fiquei encantada com o exemplo de perseverança do artista que não desistiu até conseguir realizar seu sonho.
Seu talento apareceu aos 10 anos de idade onde foi trabalhar na reforma da igreja da cidade.
Seu amor pelo povo de onde nasceu também é lindo.Mesmo ficando famoso mundialmente ele sempre teve vontade de voltar para suas raízes, para o seu povo como ele mesmo dizia.
A casa museu reúne suas primeiras obras que foram encontradas aos poucos na reforma da casa, tem a capela feita por ele em homenagem à sua Nona.
Aqui segue um texto do site http://museucasadeportinari.org.br/, se quiser conhecer um pouco mais sobre o artista e ver como é o museu é só clicar no link.

A vida: Candido Portinari

Candido Portinari nasceu no dia 30 de dezembro de 1903, numa fazenda de café em Brodoswki, no Estado de São Paulo. Filho de imigrantes italianos, de origem humilde, recebeu apenas a instrução primária. Desde criança, manifesta vocação artística. Aos 15 anos, foi para o Rio de Janeiro em busca de um aprendizado mais sistemático em pintura, matriculando-se na Escola Nacional de Belas Artes.
A vida Candido Portinari
Candido Portinari
Em 1928, conquistou o Prêmio de Viagem ao Estrangeiro da Exposição Geral de Belas-Artes, de tradição acadêmica. Foi para Paris (França), onde permaneceu durante todo o ano de 1930. Longe de sua pátria, saudoso de sua gente, Portinari voltou ao Brasil em 1931 e retratou em suas telas o povo brasileiro, superando aos poucos sua formação acadêmica e fundindo a ciência antiga da pintura a uma personalidade experimentalista a antiacadêmica moderna.
Em 1935, obteve seu primeiro reconhecimento no exterior, a segunda menção honrosa na exposição internacional do Carnegie Institute de Pittsburgh, Estados Unidos, com uma tela de grandes proporções, intitulada “Café”, retratando uma cena da colheita típica de sua região de origem.
A inclinação muralista de Portinari revelou-se com vigor nos painéis executados no Monumento Rodoviário da estrada Rio de Janeiro – São Paulo, em 1936, e nos afrescos do novo edifício do Ministério da Educação e Saúde, realizados entre 1936 e 1944. Estes trabalhos, como conjunto e concepção artística, representam um marco na evolução da arte de Portinari, afirmando a opção pela temática social, que foi o fio condutor de toda a sua obra a partir de então.
Companheiro de poetas, escritores, jornalistas, diplomatas, Portinari participou da elite intelectual brasileira em uma época em que se verificava uma notável mudança da atitude estética e na cultura do país.
Candido Portinari e seu filho João Candido
Candido Portinari e seu filho João Candido
No final da década de 30, a projeção de Portinari nos Estados Unidos foi consolidada. Em 1939, ele executa três grandes painéis para o pavilhão do Brasil na Feira Mundial de Nova York. Neste mesmo ano o Museu de Arte Moderna de Nova York adquire sua tela “O Morro”.
Em 1940, participou de uma mostra de arte latino-americana no Riverside Museum de Nova York e expôs individualmente no Instituto de Artes de Detroit e no Museu de Arte Moderna de Nova York, com grande sucesso de crítica, venda e público. Em dezembro do mesmo ano, a Universidade de Chicago publicou o primeiro livro sobre o pintor, “Portinari, His Life and Art”, com introdução do artista Rockwell Kent e inúmeras reproduções de suas obras.
Em 1941, Portinari executou quatro grandes murais na Fundação Hispânica da Biblioteca do Congresso em Washington, com temas referentes à história latino-americana. De volta ao Brasil, realizou, em 1943, oito painéis conhecidos como “Série Bíblica”, fortemente influenciado pela visão picassiana de “Guernica” e sob o impacto da 2ª Guerra Mundial.
Em 1944, a convite do arquiteto Oscar Niemeyer, iniciou as obras de decoração do conjunto arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte (MG), destacando-se o mural “São Francisco” e a “Via Sacra”, na Igreja da Pampulha. A escalada do nazi-fascismo e os horrores da guerra reforçaram o caráter social e trágico de sua obra, levando-o à produção das séries “Retirantes” e “Meninos de Brodowski”, entre 1944 e 1946, e à militância política, filiando-se ao Partido Comunista Brasileiro e candidatando-se a deputado, em 1945, e a senador, em 1947. Ainda em 1946, Portinari voltou a Paris para realizar sua primeira exposição em solo europeu, na Galerie Charpentier. A exposição teve grande repercussão, tendo sido Portinari agraciado, pelo governo francês, com a Légion d’Honneur.
Em 1947 expôs no salão Peuser, de Buenos Aires (Argentina) e nos salões da Comissão Nacional de Belas Artes, de Montevidéu (Uruguai), recebendo grandes homenagens por parte de artistas, intelectuais e autoridades dos dois países.
O final da década de 40 assinalou o início da exploração dos temas históricos por meio da afirmação do muralismo. Em 1948, Portinari exilou-se no Uruguai, por motivos políticos, onde pintou o painel “A Primeira Missa no Brasil”, encomendado pelo banco Boavista do Brasil.
Painel “Tiradentes”
Painel “Tiradentes”
Em 1949, executou o grande painel “Tiradentes”, narrando episódios do julgamento e execução do herói brasileiro que lutou contra o domínio colonial português. Por este trabalho, Portinari recebeu, em 1950, a medalha de ouro concedida pelo Júri do Prêmio Internacional da Paz, reunido em Varsóvia (Polônia).
Em 1952, atendendo a encomenda do Banco da Bahia, realizou outro painel com temática histórica, “A Chegada da Família Real Portuguesa à Bahia” e iniciou os estudos para os painéis “Guerra e Paz”, oferecidos pelo governo brasileiro à nova sede da Organização das Nações Unidas. Concluídos em 1956, os painéis, medindo cerca de 14m x10m cada – os maiores pintados por Portinari.
Em 1955, recebeu a medalha de ouro concedida pelo Internacional Fine-Arts Council de Nova York como o melhor pintor do ano. Em 1956, Portinari viajou a Israel, a convite do governo daquele país, expondo em vários museus e executando desenhos inspirados no recém-criado Estado Israelense e expostos posteriormente em Bolonha (Itália), Lima (Peru), Buenos Aires (Argentina) e Rio de Janeiro. No mesmo ano, Portinari recebeu o Prêmio Guggenheim do Brasil e, em 1957, a Menção Honrosa no Concurso Internacional de Aquarela do Hallmark Art Award, de Nova York. No final da década de 50, realizou diversas exposições internacionais.
Expôs em Paris e Munique (Alemanha) em 1957. Foi o único artista brasileiro a participar da exposição 50 Anos de Arte Moderna, no Palais des Beaux Arts, em Bruxelas (Bélgica), em 1958. Como convidado de honra, expôs 39 obras em sala especial na I Bienal de Artes Plásticas da Cidade do México, em 1958. Neste mesmo ano, expôs em Buenos Aires, e em 1959 na Galeria Wildenstein de Nova York e, juntamente com outros grandes artistas americanos como Tamayo, Cuevas, Matta, Orozco, Rivera. Participou da exposição Coleção de Arte Interamericana, do Museo de Bellas Artes de Caracas (Venezuela). Candido Portinari morreu no dia 6 de fevereiro de 1962, quando preparava uma grande exposição de cerca de 200 obras a convite da Prefeitura de Milão (Itália), vítima de intoxicação pelas tintas que utilizava.

Seu amor pela pintura foi tão grande que na casa tem vários textos como esse:
"Se eu não fosse pintor queria ser pintor."
O museu foi construído na casa onde toda a família de Candinho (como os habitantes da cidade o chamam) e tem seus objetos pessoais, o que resulta em uma energia toda diferente.
Por alguns instantes você se esquece de que está em um museu.
A casa é rodeada por um jardim lindo e todo bem cuidado, sensação de paz e tranquilidade que perdemos nas cidades grandes.

Na praça em frente à casa tem uma capela com uma obra do artista no altar.Sua exigência foi de que jamais fosse tirada de lá.Para visitá-la é necessário o acompanhamento dos seguranças do museu.É só pedir que eles te acompanham imediatamente.

Ficou curioso?
O Museu Casa de Portinari fica na cidade de Brodowski, interior paulista, a aproximadamente 330 km da capital. O principal acesso a localização é pela Rodovia Candido Portinari, entre Ribeirão Preto (23 km) e Batatais (12 km), no seguinte endereço:

» Praça Candido Portinari, nº 298 – Centro
CEP – 14340-000  Brodowski (SP)
(16) 3664.4284

O Museu Casa de Portinari está aberto à visitação pública de terça a domingo, das 9h às 18h, inclusive em feriados. A instituição permanece fechada nas seguintes ocasiões: Confraternização Universal (1/1), Eleições e Natal (25/12).

"Que a paz de Cristo esteja sempre contigo."





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